O robô é uma plataforma de tecnologia aplicada à cirurgia. O cirurgião comanda todos os braços robóticos, reproduzindo os seus movimentos. Ou seja, o cirurgião usa sua experiência para realizar a cirurgia.
O acesso ao abdome é realizado por orifícios que apresentam, em média, 8 mm de largura. Por eles entram as pinças e a ótica robótica que, por sua vez, fornece uma visualização do campo cirúrgico bastante privilegiada, em 3D com alta definição. A disposição desses orifícios depende do órgão a ser operado, variando entre próstata, rim, adrenal ou bexiga.
Sim. O robô não faz absolutamente nada. É o cirurgião e sua equipe que realizam todo o procedimento. Os braços robóticos são apenas a extensão dos braços do cirurgião. Idealmente, essa equipe deve ser treinada em todas as técnicas: robótica, laparoscópica e aberta.
Essa é uma pergunta frequente e bastante controversa. Há alguns estudos na literatura, principalmente metanálises, que afirmam que a operação robótica pode ter vantagens na preservação da ereção. Entretanto, percebemos que a experiência do cirurgião e o quadro do paciente podem realmente fazer a diferença na preservação da ereção. Existem casos que a doença já ultrapassa o limite da cápsula da próstata, o que torna a preservação dos nervos mais arriscada. Nestes casos, podemos fazer uma preservação parcial, o que para alguns pacientes pode funcionar, evitando uma disfunção erétil mais grave.
Em média, os pacientes que operam a próstata por cirurgia robótica, ficam menos de 24 horas internados. Os que fazem retirada parcial do rim podem ficar um pouco mais, em média 48 horas.
Em média de 5 a 7 dias, sendo retirada no consultório.
As atividades cotidianas simples como dirigir, ir ao escritório, cinema ou restaurantes podem ser realizadas após a retirada da sonda, de 5 a 7 dias. Já as atividades físicas e as relações sexuais precisam de um tempo maior, aproximadamente 30 dias.
O único preparo necessário é o jejum de 8 horas.
Em casa será necessário fazer a troca diária dos curativos e esvaziar a bolsa coletora de urina sempre que ela se aproximar do limite. Tudo isso será ensinado pela equipe do Dr. Raphael, então, não se preocupe! Os cuidados em casa são bastante simples e as orientações serão enviadas, por escrito, após o procedimento, bem como os telefones de toda a equipe para o caso de dúvidas.É muito importante que, em casa, o paciente se mantenha em movimento com pequenas caminhadas e que se hidrate bem, tomando no mínimo 2 litros de água por dia.
Os exames pré-operatórios convencionais são radiografia do tórax, exames de sangue e de urina e consulta com cardiologista. Os demais exames devem ser definidos de acordo com o caso, o estado de saúde de cada paciente e a especificidade de sua doença.
A maioria dos tumores de próstata são tratados exclusivamente com cirurgia. Alguns casos, dependendo da patologia e do PSA, após a operação, podem necessitar de algum tratamento complementar que, em sua maioria, constitui-se de radioterapia com ou sem hormonioterapia. Os tumores de próstata podem reaparecer em 30 a 40% dos pacientes operados ao longo da vida. Nestes casos, uma investigação adicional deverá ser feita para propor um tratamento eficaz.
O acompanhamento se dá a partir de uma dosagem de PSA seis semanas após a cirurgia. Esse PSA deverá ser menor que 0,2 ng/dl. Após essa primeira dosagem faremos outras a cada três meses, em um prazo de dois anos. Após esse período, a cada seis meses, por mais três anos. E, após cinco anos da cirurgia, o acompanhamento poderá ser anual. É preciso ter muita atenção com o paciente operado de câncer de próstata, pois ele deve receber cuidados em toda a sua recuperação funcional também. Não apenas com a dosagem do PSA, mas também com a reabilitação de sua ereção e com o controle da urina. Vamos orientar como fazer essa reabilitação funcional para maximizar os resultados na qualidade de vida.
A maioria dos tumores renais são tratados exclusivamente com cirurgia. Os casos mais avançados podem precisar de tratamentos adicionais, mas constituem exceção.
O acompanhamento do tumor renal é realizado com exames de imagem do tórax e abdome, além de exames de sangue e urina dependendo do caso.
Sim. O acompanhamento é necessário pela possibilidade de retorno da doença, e também pela necessidade de avaliar o funcionamento da nova bexiga e dos rins. É feito com exames de imagem e sangue.
A maioria dos pacientes operados recuperam o controle urinário sem a necessidade de realização de fisioterapia. Alguns, que necessitam da reabilitação profissional, encaminhamos a um fisioterapeuta especializado no trato urinário.
Depende da agressividade da doença. A biópsia, o PSA e a ressonância fornecerão dados ao cirurgião para que ele decida por fazer ou não a linfadenectomia (retirada dos gânglios). Antes eram feitas as linfadenectomias regionais (limitadas ou standard), mas hoje sabemos que, caso haja indicação de realização da linfadenectomia, ela deverá ser feita de forma ampliada, também conhecida como estendida. Esse procedimento requer bastante experiência, pois os gânglios a serem removidos recobrem vasos sanguíneos bastante nobres para o organismo, adicionando risco e complexidade ao procedimento. Aproximadamente metade das prostatectomias da nossa rotina são feitas com linfadenectomia estendida.